sexta-feira, 5 de junho de 2009

ALENTEJO - SEM TRIGO


SONHOS DE UMA REALIDADE

Sonhos de Abril, em tempos passados
Searas de trigo, em grandes planícies,
Salpicadas de papoilas vermelhas,
Entre o verde dos trigais,
Ondulados pelo vento.

Ranchos de mulheres, cantando pela aurora,
Deslocavam-se aos campos, para as mondas.
Separavam do trigo, as ervas ruins,
Para que este, crescesse forte e salubre.

Passam-se os meses, a planície muda de cor,
E o verde dos trigais, dá lugar,
À cor dourada das espigas!

Homens e mulheres, nas manhãs escaldantes
De Agosto, deslocavam-se para os campos,
De canil, dedeiras e foice nas mãos,
Para segar as searas, até à hora da sesta...
Voltavam a ceifar, regressados,
Depois da sesta, até ao pôr-do-sol.
Era assim no Alentejo!

Autora: Isabel Moreira